Combinados para sala de aula
Não importa a idade, as regras e os limites fazem parte da sociedade e desde cedo devemos aprender a conviver com as mesmas.
Saber que o seu direito termina onde começa o direito do outro, aprender
a lidar com as diferenças e a resolver seus conflitos é uma constante
na vida, seja em que etapa dela se vive.
Por isso, as crianças, desde bem pequenas, devem aprender a conviver com
os combinados, os limites, pois não há como passar uma vida fazendo
tudo como se quer, na hora que se quer, do jeito que se quer, com as
pessoas que se quer.
Pelo contrário, existem as engolidas de sapos, que são importantes para o
crescimento e amadurecimento de todos. O que seria do mundo se todos
tivessem suas vontades feitas, na hora e do jeito que quisessem?
Pensando nisso, tanto a escola como os pais devem ajudar as crianças a
aprimorarem suas formas de convivência, tornando-as mais dóceis,
amáveis, alegres, seguras e sociáveis.
Muitos pais acreditam que as crianças não podem passar por frustrações,
para não crescerem rebeldes, revoltadas. Uma ideia errônea, pois é
através de pequenas frustrações do dia a dia que as mesmas conseguem
perceber que nem tudo pode ser de acordo com suas vontades, mas que
existe um mundo coletivo que deve ser priorizado.
As crianças precisam de limites para se sentir seguras, pois os limites
confortam muito mais que o excesso de liberdade. Impor limites é
demonstrar amor, atenção e carinho, proteger o sujeito das armadilhas da
convivência.
Pode-se falar o que for, mas não existe família que não passe por
problemas de brigas e desentendimentos entre crianças. O que não pode
acontecer são os pais tomarem partido dos mesmos, para não criar outros
tipos de desavenças no meio familiar.
Para isso, é interessante que as regras estejam bem claras para todos,
como: emprestar os brinquedos, trocar os brinquedos em determinados
momentos, não bater no outro, não xingar, não puxar cabelos, não morder,
não gritar, enfim, todas aquelas situações que podem virar um problema.
Se for preciso, faça um cartaz com todas essas anotações, com figuras
recortadas de revistas (é importante que as crianças participem da
pesquisa das imagens), e depois que cada um assine ou carimbe sua mão,
mostrando que concordou com as regras e que irá cumpri-las.
Na escola não é diferente. Como o número de crianças é bem maior, os
professores devem estabelecer os combinados, norteando os alunos dos
seus direitos e deveres. Aliás, na escola, tudo o que for trabalhado
deve ser apresentado com antecedência para as crianças, a fim de
trabalhar a organização do tempo; hora da chegada, hora da conversa,
hora da tarefa, hora de brincar, hora de lanchar, etc., pois assim as
mesmas vão se acostumando à rotina escolar, ficando mais propensas a
aceitar as regras.
Da mesma forma, o respeito ao outro deve aparecer em cartazes de
combinados, também decorados com figuras e assinados por todos. É
importante relembrar os combinados quase que diariamente, para não
deixar passar em branco qualquer atitude que fuja aos mesmos.
Alguns professores fazem carinhas alegres ou tristes e colocam nos
cartazes, avaliando se o comportamento da turma está adequado com as
regras estabelecidas. A autoavaliação é muito interessante de ser
trabalhada, pois as crianças refletem sobre suas condutas, assim como
dos colegas, apontando onde cada um errou e como podem melhorar.
Ao final do dia, deixe que cada um coloque ao lado do seu nome uma
carinha (alegre ou triste) indicando como ele próprio avaliou o
comportamento do dia. É uma ótima forma de fazê-los perceber os erros e
tentar melhorar.
Nunca distribua a carinha por conta própria, como se estivesse punindo a
criança. “Eu não gostei do que o fulano fez, então ele vai ganhar uma
carinha triste”, afinal, a criança precisa aprender a refletir sobre
suas atitudes. Ela própria se aborrece ou se entristece por não
conseguir cumprir os combinados e sente que precisa melhorar.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Graduada em Pedagogia
Algumas fichas de combinados:
Combinados para sala de aula
Não importa a idade, as regras e os limites fazem parte da sociedade e desde cedo devemos aprender a conviver com as mesmas.
Saber que o seu direito termina onde começa o direito do outro, aprender
a lidar com as diferenças e a resolver seus conflitos é uma constante
na vida, seja em que etapa dela se vive.
Por isso, as crianças, desde bem pequenas, devem aprender a conviver com
os combinados, os limites, pois não há como passar uma vida fazendo
tudo como se quer, na hora que se quer, do jeito que se quer, com as
pessoas que se quer.
Pelo contrário, existem as engolidas de sapos, que são importantes para o
crescimento e amadurecimento de todos. O que seria do mundo se todos
tivessem suas vontades feitas, na hora e do jeito que quisessem?
Pensando nisso, tanto a escola como os pais devem ajudar as crianças a
aprimorarem suas formas de convivência, tornando-as mais dóceis,
amáveis, alegres, seguras e sociáveis.
Muitos pais acreditam que as crianças não podem passar por frustrações,
para não crescerem rebeldes, revoltadas. Uma ideia errônea, pois é
através de pequenas frustrações do dia a dia que as mesmas conseguem
perceber que nem tudo pode ser de acordo com suas vontades, mas que
existe um mundo coletivo que deve ser priorizado.
As crianças precisam de limites para se sentir seguras, pois os limites
confortam muito mais que o excesso de liberdade. Impor limites é
demonstrar amor, atenção e carinho, proteger o sujeito das armadilhas da
convivência.
Pode-se falar o que for, mas não existe família que não passe por
problemas de brigas e desentendimentos entre crianças. O que não pode
acontecer são os pais tomarem partido dos mesmos, para não criar outros
tipos de desavenças no meio familiar.
Para isso, é interessante que as regras estejam bem claras para todos,
como: emprestar os brinquedos, trocar os brinquedos em determinados
momentos, não bater no outro, não xingar, não puxar cabelos, não morder,
não gritar, enfim, todas aquelas situações que podem virar um problema.
Se for preciso, faça um cartaz com todas essas anotações, com figuras
recortadas de revistas (é importante que as crianças participem da
pesquisa das imagens), e depois que cada um assine ou carimbe sua mão,
mostrando que concordou com as regras e que irá cumpri-las.
Na escola não é diferente. Como o número de crianças é bem maior, os
professores devem estabelecer os combinados, norteando os alunos dos
seus direitos e deveres. Aliás, na escola, tudo o que for trabalhado
deve ser apresentado com antecedência para as crianças, a fim de
trabalhar a organização do tempo; hora da chegada, hora da conversa,
hora da tarefa, hora de brincar, hora de lanchar, etc., pois assim as
mesmas vão se acostumando à rotina escolar, ficando mais propensas a
aceitar as regras.
Da mesma forma, o respeito ao outro deve aparecer em cartazes de
combinados, também decorados com figuras e assinados por todos. É
importante relembrar os combinados quase que diariamente, para não
deixar passar em branco qualquer atitude que fuja aos mesmos.
Alguns professores fazem carinhas alegres ou tristes e colocam nos
cartazes, avaliando se o comportamento da turma está adequado com as
regras estabelecidas. A autoavaliação é muito interessante de ser
trabalhada, pois as crianças refletem sobre suas condutas, assim como
dos colegas, apontando onde cada um errou e como podem melhorar.
Ao final do dia, deixe que cada um coloque ao lado do seu nome uma
carinha (alegre ou triste) indicando como ele próprio avaliou o
comportamento do dia. É uma ótima forma de fazê-los perceber os erros e
tentar melhorar.
Nunca distribua a carinha por conta própria, como se estivesse punindo a
criança. “Eu não gostei do que o fulano fez, então ele vai ganhar uma
carinha triste”, afinal, a criança precisa aprender a refletir sobre
suas atitudes. Ela própria se aborrece ou se entristece por não
conseguir cumprir os combinados e sente que precisa melhorar.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Graduada em Pedagogia
Algumas fichas de combinados:
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