De
um professor novato a um experiente, todos devem saber como organizar
uma rotina, pois facilita o gerenciamento da sua aula. A rotina escolar é
uma seqüência de atividades que visam a organização do tempo que o
aluno permanece na escola. Apóia-se na reprodução diária de momentos e
nos indícios e sinais que remetem às situações do cotidiano.
De uma canção na entrada à hora do lanche, os alunos já ficam cientes
das atividades que se seguirão: “Depois do lanche tem brinquedo no
parque”, “Depois da roda a gente desenha, pinta, faz trabalho com
massinha”.
A espinha dorsal da rotina são alguns marcos temporais que quase nunca
se alteram: a chegada, a roda, o lanche, o pátio, a saída, e é
importante manter constantes os parâmetros principais da rotina, para
que as crianças se sintam seguras e não se desorganizem.
Entretanto, outros momentos se interpõe, levando em conta o ritmo do
grupo, que é dinâmico. Assim, constantemente surgem novas experiências e
alterações, mas o professor se manterá em seu papel de “porto seguro”.
Uma rotina compreensível e claramente definida é, também, um fator de
segurança. Serve para orientar as ações das crianças e dos professores e
favorece a previsão de situações que possam vir a acontecer. As
atividades de rotina são aquelas que devem ser realizadas diariamente,
oportunizando as crianças o desenvolvimento e a manutenção de hábitos
indispensáveis à preservação da saúde física e mental como, por exemplo,
a organização, a higiene, o repouso, a alimentação correta, o tempo e
os espaços adequados, as atitudes, as atividades do dia, etc.
Por caracterizar-se como facilitadora da aprendizagem, a rotina, então
não deve transformar-se numa planilha diária de atividades, rígida e
inflexível, exigindo a adaptação da criança a ela. A flexibilidade,
portanto, é fundamental e a criança precisa aprender a lidar com o
inesperado.
A organização do tempo precisa ensejar alternativas diversas e,
freqüentemente, simultâneas de atividades mais ou menos movimentadas,
individuais ou grupais, que exijam maior ou menor grau de concentração
da atenção; determinar a hora do repouso, da alimentação, da higiene, a
hora do brinquedo, da recreação, do jogo e do trabalho sério.
Não podemos esquecer que as atividades organizadas contribuem, direta ou
indiretamente, para a construção da autonomia: competências que
perpassam todas as vivências das crianças.
Os alunos vão chegando e logo ficam curiosos para definir e conhecer o
que ocorrerá no dia, por isso a importância da rotina e da sala de aula
possuir um quadro de rotinas. Com um quadro de rotinas é fácil
determinar as ordens das tarefas junto com os alunos, principalmente na
Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino fundamental. Então é
fundamental que cada o professor confeccione o seu, pois sempre começa o
dia mostrando para a turma as atividades que fazem parte daquele dia.
Isso ajuda a controlar a ansiedade da garotada. O ideal é que ele fique
em lugar bem visível.
Tempo e chamada
Na Educação Infantil o primeiro passo da rotina é a caracterização do
dia em termos de calendário (Que dia é hoje? Em que mês estamos? Que dia
foi ontem? E que dia será amanhã? Se tiver alguma data especial o
professor deve conversar sobre ela com seus alunos: data cívica ou
aniversário de algum aluno - mesmo que tenha ocorrido num feriado ou fim
de semana), tempo (a estação do ano é relembrada e verifica-se se
algumas características estão presentes no dia. As condições climáticas
são, então, registradas através de cartaz do tempo).
Finalizada essa etapa, é iniciada a chamada interativa: o professor
sugere ao grupo que observe e verifique quem está presente e quem
faltou. Após nomearem os faltantes, então começa a chamada propriamente
dita, que pode ser realizada de diversas formas: preenchendo o quadro
“Quantos somos?”, ou num quadro que possua as fichas de todos os alunos
(retira-se as fichas dos que estão faltando e em seguida conta-se
quantos alunos estão presentes, podendo ser até um momento para
trabalhar com os nomes dos alunos), bonequinhos com o nome dos alunos
para colocar num quadro específico (pode-se fazer como o exemplo
anterior),entre outros modelos. Qualquer que seja o modelo escolhido
deve-se fazer a contagem dos presentes, separar em grupos (meninos e
meninas) e sua totalização novamente. Toda essa atividade de chamada
interativa vai permitir a descoberta e consolidação de valores, além de
ser muito agradável para a criança pelo seu caráter lúdico e
participativo, valorizando a presença de cada um e permitindo, embora
dentro da rotina, muitas variações.
No Ensino Fundamental essa etapa pode ser simplificada falando sobre a
data do dia (Dia, mês e que ano estamos? Tem alguma data especial que se
comemora hoje? Pode ser data cívica ou aniversário de algum aluno). A
chamada também é primordial, mas pode ser feita de maneira mais simples.
Ajudante do dia
A escolha do ajudante do dia pode ser efetuada com várias dinâmicas: um
casal por dia ou apenas um ajudantes, alternadamente menino/menina,
escolhido através de sorteio, ordem alfabética. No caso do Ensino
Fundamental pode ser o representando e vice em dias alternado mais um
aluno.
A esses ajudantes, nesse dia, caberá colaborar em todas em todas as
tarefas, tais como: distribuir materiais, bilhetes, organizar a sala,
etc.
Atividades do dia
As atividades apresentadas para o dia devem constar no quadro de rotina:
atividade individual, em grupo, vídeo, informática, explicação e
correção do dever de casa, jogos, etc.
O tempo gasto em cada atividade é um elemento importante, por isso teve
ser pensado desde o planejamento, para não colocar excesso de
atividades.
A importância da roda
A roda é um dos momentos de grande interação. Implica a expectativa de
algum fato relevante, pois algo de importante vai acontecer quando todos
sentam numa roda. Para o professor, é uma oportunidade de observar os
alunos e as relações entre eles: duplas ou trios que se sentam perto,
conversam, trocam objetos, riem.
Nos primeiros dias de aula, a proximidade da roda permite que os alunos
se conheçam melhor, observando semelhanças e diferenças por meio de um
jogo de identificação iniciado pelo professor: “Tem criança com camisa
azul”, “Tem criança com bota”. Mesmo não sabendo ainda o nome dos
colegas, as crianças se voltam para os indicadores, acompanhando a
nomeação de cada um: “Davi vai mostrar sua mochila nova”, “Quem está de
blusa verde vai pegar a caixa de botões”. Todo o grupo se envolve na
adivinhação e às vezes descobre quem é o aluno.
A “roda de novidade” deve fazer parte da rotina desde os primeiros dias
de aula. No início, o professor traz os objetos para serem explorados, e
os alunos são praticamente espectadores. Mas a roda evolui quando as
crianças começam a trazer as novidades de casa – uma fruta, um
brinquedo, uma revista, toquinhos de madeira, algumas fotos e até uma
caixa cheia de tampinhas de refrigerante. O que for significativo para a
criança pode ir para a roda, desde que o dono queira. Uma das
possibilidades é criar a “caixa de novidades”. Na chegada, o aluno
guarda o objeto, que depois de exibido na roda volta para a caixa ou
vaio para a mochila, conforme a criança desejar.
A novidade pode desencadear várias atividades, como jogos, brincadeiras e
histórias, e faz a ponte entre a casa e a escola, permitindo
identificações, além de incentivar o início das relações de interação e
troca entre os alunos. A roda pode ser o primeiro momento de
centralização das atividades do dia. Nela se tem um espaço privilegiado
no qual se pode desencadear a exploração de temas e o amadurecimento das
idéias. Mas para isso é de grande importância a participação dos alunos
por meio de comentários e discussões.
Na Educação Infantil a roda faz parte da rotina diária, podendo ocorrer
mais de uma vez ao dia se necessário. Já no Ensino Fundamental pode ser
inclusa como forma de trabalho, para uma explicação de conteúdo,
experiência onde os alunos possam ficar mais próximos, durante um jogo,
entre outras situações que o professor julgue necessária, pode ou não
fazer parte da rotina diária.
Um de cada vez
No início do ano, é comum o professor estimular a participação das
crianças tentando fazer com que falem, façam comentários, manipulem
brinquedos. Mas chega um momento em que começa uma avalanche: as
crianças não escutam, só falam, e quase todas ao mesmo tempo. Os
interesses se voltam para um determinado objeto,às vezes disputado no
“vale-tudo”.
Situações como essa podem representar um desafio para o professor, na
medida em que ele se vê obrigado a repensar atividades para torná-las
mais adequadas aos movimentos do grupo.
É hora de coordenar ações coletivas. Essa organização, na verdade, deve
ser feita logo no início do ano, e constituirá a estrutura de apoio das
relações e da convivência.
Um dos instrumentos dessa estrutura são os “combinados”, os acordos do
tipo “cada um tem sua vez de falar”, “brinquedo não vai para o pátio”,
“não é para rabiscar nem rasgar os livros”.
Temas como esses também podem ser discutidos numa “roda de conversa”.
Se, por exemplo, os alunos estão deixando as peças dos jogos de encaixe
espalhadas, sem se preocupar em guardá-las nos lugares certos, pode-se
conversar sobre a necessidade de organização para que não se perca
nenhuma peça.
É fundamental que os combinados sejam expostos o ano inteiro na sala de
aula, seja através de cartaz ou de plaquinhas, para sempre que
necessário o professor relembre a turma ou o aluno sobre o que foi
combinado anteriormente. E quando precisar pode acrescentar novos
combinados à lista que já está exposta, ou criar novas plaquinhas.
Criando autonomia
Aos poucos, depois de muita repetição, as crianças vão se acostumando e
acabam reproduzindo os “combinados”, sem a necessidade da intervenção
constante do professor. Eles podem, então, ser ampliados: agora as
crianças incorporam a necessidade de guardar direito os jogos e
brinquedos, sabem esperar sua vez de falar, já podem conhecer a aplicar
algumas regras de convivência: “Não vale empurrar o colega, molhar o
colega, jogar areia na cabeça do colega”.
Com o tempo, os próprios alunos se empenham em criar novas regras, de
acordo com a necessidade surgida na prática. Em todos os sentidos, agem
de modo cada vez mais independente, e cabe ao professor facilitar a
construção dessa autonomia.
Organização escolar
A organização do espaço escolar deve criar condições para que as
atividades se desenvolvam de maneira flexível e cooperativa. A renovação
deve ser constante, introduzindo materiais novos ou arrumando os
antigos.
As crianças brincam em duplas, trios ou grupos maiores. Gostam de
construir com sucatas e blocos, fazendo prédios, trens, estradas, e
esses aspectos devem ser considerados na configuração e na estrutura do
espaço físico e do material usado nas atividades do cotidiano escolar.
A escola deve oferecer um ambiente seguro e favorecer a ampla circulação
dos alunos, permitindo que subam e desçam, levem e tragam, inventem
caminhos. É possível também criar espaços como uma casa de boneca, um
camarim, onde os personagens se pintam e se fantasiam, põem máscaras e
acessórios, o palco com fantoches e um local para a bandinha, de modo
que os alunos possam explorar sons e ritmos.
Era uma vez...
Contar uma história é uma experiência de grande significado para quem
conta e para quem ouve. Muitas crianças são capazes de antecipar as
seqüências emocionantes e reagem escondendo-se atrás do amigo, apertando
as mãos, arregalando os olhos. Depois, o suspiro de alívio e do riso
quando o herói venceu os obstáculos.
Na história, a criança se projeta momentaneamente nos personagens e
penetra no mundo da fantasia, vivenciando um contato mais estreito com
seus sentimentos e elaborando seus conflitos e emoções. A história
funciona como uma ponte entre o real e o imaginário. Por meio da
história, a criança observa diferentes pontos de vista, vários discursos
e registros da língua. Amplia sua percepção de tempo e espaço e seu
vocabulário.
Para que esse seja um momento prazeroso, é fundamental que se escolha
uma história com a qual a criança possa se identificar. Além disso,
convém criar um clima de aconchego, construindo uma interação positiva.
O professor vai se transformando num contador de histórias quando se
liberta do texto escrito e observando as reações das crianças, ouvindo
seus comentários, fazendo dessa hora um momento de emoção. Assim poderá
reajustar a narrativa, introduzindo, acrescentando ou até suprindo
detalhes para torná-las mais significativa para o grupo.
É melhor ler ou contar?
Há vários modos de apresentar as histórias para as crianças. A maioria
delas alcança sua melhor forma de expressão se forem contadas; outras se
forem lidas, pois assim ganham mais brilho, e até exigem que sejam
mostradas as ilustrações.
Quando se conta uma história, em vez de ler o livro para os alunos,
está-se permitindo que os significados simbólicas e interpessoais da
narrativa sejam atingidos plenamente.
Pode-se contar a história sem mostrar a ilustração logo de início, pois
às vezes a intermediação do texto obriga o contador a dividir sua
atenção entre a narrativa e os ouvintes. Além disso, é possível criar um
clima que permita à criança liberar sua imaginação e viver sua
fantasia. Entretanto, além de contar, é importante que o professor
também leia histórias.
É sempre bom fazer um estudo prévio do texto antes de contar ou ler a
história. Se conhecer o enredo, o ambiente, os personagens e as falas, o
professor poderá fazer uma narração e uma interpretação mais precisas e
convincentes.
Sugestão:
Educação infantil:
· Acolhida: saudação, oração, guarda de material, músicas, etc.
· Quadro de rotina
· Rodinha (conversa sobre como eles estão, hora da novidade, etc.)
· Calendário (dia, mês, ano, aniversariantes, etc.) e tempo;
· Chamada interativa ou “Quantos somos?”
· Escolha do ajudante do dia;
· Retomar o dever de casa do dia anterior (cada um deverá mostrar o que fez, o que mais gostaram de fazer, etc. Caso algum aluno tenha feito de forma incorreta, retomar com ele num momento oportuno para que ele corrija ou refaça caso seja necessário)
· Atividade de sala (individual, grupo, desenho, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, modelagem, etc.)
· Parquinho
· Lanche
· Escovação
· Atividades de sala
· Dever de casa (passando dever de casa)
· História
· Relaxamento com música
Ø Ensino Fundamental
· Calendário (dia, mês, ano, data cívica, aniversariantes)
· Quadro de rotina
· Dever de casa (passando e explicando o dever do dia)
· Agenda
· Chamada
· Dever de casa (correção dos deveres passados em dias anteriores)
· Atividades de sala (individual, grupo, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, caderno, livro, etc.)
· Lanche
· Escovação
· Recreio
· Atividades de sala
· Organização da sala
Bibliografia
AROEIRA, Maria Luísa C.; SOARES, Inês B. & MENDES, Rosa Emília de A. Didática de pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.
MORANGON, Cristiane. Um quadro de rotinas. Revista Nova Escola. Edição nº160. São Paulo: Editora Abril, março, 2003.
SANT’ANA, Ruth B. Rotina e experiências formativas na pré-escola. GT: Educação de crianças de 0 a 6 anos.nº 07. Tese (Doutoramento em Psicologia Social). Pontícia Universidade Católica, São Paulo, 2002
SIGNORETTI, A. E. R. S.; MONTEIRO, K. K & DAVÓLIO. R. A. C. Rotina escolar: orientações para professor e aluno organizarem as atividades diárias. Revista do professor. Porto Alegre, jul./set. 2000.
· Acolhida: saudação, oração, guarda de material, músicas, etc.
· Quadro de rotina
· Rodinha (conversa sobre como eles estão, hora da novidade, etc.)
· Calendário (dia, mês, ano, aniversariantes, etc.) e tempo;
· Chamada interativa ou “Quantos somos?”
· Escolha do ajudante do dia;
· Retomar o dever de casa do dia anterior (cada um deverá mostrar o que fez, o que mais gostaram de fazer, etc. Caso algum aluno tenha feito de forma incorreta, retomar com ele num momento oportuno para que ele corrija ou refaça caso seja necessário)
· Atividade de sala (individual, grupo, desenho, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, modelagem, etc.)
· Parquinho
· Lanche
· Escovação
· Atividades de sala
· Dever de casa (passando dever de casa)
· História
· Relaxamento com música
Ø Ensino Fundamental
· Calendário (dia, mês, ano, data cívica, aniversariantes)
· Quadro de rotina
· Dever de casa (passando e explicando o dever do dia)
· Agenda
· Chamada
· Dever de casa (correção dos deveres passados em dias anteriores)
· Atividades de sala (individual, grupo, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, caderno, livro, etc.)
· Lanche
· Escovação
· Recreio
· Atividades de sala
· Organização da sala
Bibliografia
AROEIRA, Maria Luísa C.; SOARES, Inês B. & MENDES, Rosa Emília de A. Didática de pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.
MORANGON, Cristiane. Um quadro de rotinas. Revista Nova Escola. Edição nº160. São Paulo: Editora Abril, março, 2003.
SANT’ANA, Ruth B. Rotina e experiências formativas na pré-escola. GT: Educação de crianças de 0 a 6 anos.nº 07. Tese (Doutoramento em Psicologia Social). Pontícia Universidade Católica, São Paulo, 2002
SIGNORETTI, A. E. R. S.; MONTEIRO, K. K & DAVÓLIO. R. A. C. Rotina escolar: orientações para professor e aluno organizarem as atividades diárias. Revista do professor. Porto Alegre, jul./set. 2000.
PEDÁGOGICCOS, Blogpost.
De
um professor novato a um experiente, todos devem saber como organizar
uma rotina, pois facilita o gerenciamento da sua aula. A rotina escolar é
uma seqüência de atividades que visam a organização do tempo que o
aluno permanece na escola. Apóia-se na reprodução diária de momentos e
nos indícios e sinais que remetem às situações do cotidiano.
De uma canção na entrada à hora do lanche, os alunos já ficam cientes
das atividades que se seguirão: “Depois do lanche tem brinquedo no
parque”, “Depois da roda a gente desenha, pinta, faz trabalho com
massinha”.
A espinha dorsal da rotina são alguns marcos temporais que quase nunca
se alteram: a chegada, a roda, o lanche, o pátio, a saída, e é
importante manter constantes os parâmetros principais da rotina, para
que as crianças se sintam seguras e não se desorganizem.
Entretanto, outros momentos se interpõe, levando em conta o ritmo do
grupo, que é dinâmico. Assim, constantemente surgem novas experiências e
alterações, mas o professor se manterá em seu papel de “porto seguro”.
Uma rotina compreensível e claramente definida é, também, um fator de
segurança. Serve para orientar as ações das crianças e dos professores e
favorece a previsão de situações que possam vir a acontecer. As
atividades de rotina são aquelas que devem ser realizadas diariamente,
oportunizando as crianças o desenvolvimento e a manutenção de hábitos
indispensáveis à preservação da saúde física e mental como, por exemplo,
a organização, a higiene, o repouso, a alimentação correta, o tempo e
os espaços adequados, as atitudes, as atividades do dia, etc.
Por caracterizar-se como facilitadora da aprendizagem, a rotina, então
não deve transformar-se numa planilha diária de atividades, rígida e
inflexível, exigindo a adaptação da criança a ela. A flexibilidade,
portanto, é fundamental e a criança precisa aprender a lidar com o
inesperado.
A organização do tempo precisa ensejar alternativas diversas e,
freqüentemente, simultâneas de atividades mais ou menos movimentadas,
individuais ou grupais, que exijam maior ou menor grau de concentração
da atenção; determinar a hora do repouso, da alimentação, da higiene, a
hora do brinquedo, da recreação, do jogo e do trabalho sério.
Não podemos esquecer que as atividades organizadas contribuem, direta ou
indiretamente, para a construção da autonomia: competências que
perpassam todas as vivências das crianças.
Os alunos vão chegando e logo ficam curiosos para definir e conhecer o
que ocorrerá no dia, por isso a importância da rotina e da sala de aula
possuir um quadro de rotinas. Com um quadro de rotinas é fácil
determinar as ordens das tarefas junto com os alunos, principalmente na
Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino fundamental. Então é
fundamental que cada o professor confeccione o seu, pois sempre começa o
dia mostrando para a turma as atividades que fazem parte daquele dia.
Isso ajuda a controlar a ansiedade da garotada. O ideal é que ele fique
em lugar bem visível.
Tempo e chamada
Na Educação Infantil o primeiro passo da rotina é a caracterização do
dia em termos de calendário (Que dia é hoje? Em que mês estamos? Que dia
foi ontem? E que dia será amanhã? Se tiver alguma data especial o
professor deve conversar sobre ela com seus alunos: data cívica ou
aniversário de algum aluno - mesmo que tenha ocorrido num feriado ou fim
de semana), tempo (a estação do ano é relembrada e verifica-se se
algumas características estão presentes no dia. As condições climáticas
são, então, registradas através de cartaz do tempo).
Finalizada essa etapa, é iniciada a chamada interativa: o professor
sugere ao grupo que observe e verifique quem está presente e quem
faltou. Após nomearem os faltantes, então começa a chamada propriamente
dita, que pode ser realizada de diversas formas: preenchendo o quadro
“Quantos somos?”, ou num quadro que possua as fichas de todos os alunos
(retira-se as fichas dos que estão faltando e em seguida conta-se
quantos alunos estão presentes, podendo ser até um momento para
trabalhar com os nomes dos alunos), bonequinhos com o nome dos alunos
para colocar num quadro específico (pode-se fazer como o exemplo
anterior),entre outros modelos. Qualquer que seja o modelo escolhido
deve-se fazer a contagem dos presentes, separar em grupos (meninos e
meninas) e sua totalização novamente. Toda essa atividade de chamada
interativa vai permitir a descoberta e consolidação de valores, além de
ser muito agradável para a criança pelo seu caráter lúdico e
participativo, valorizando a presença de cada um e permitindo, embora
dentro da rotina, muitas variações.
No Ensino Fundamental essa etapa pode ser simplificada falando sobre a
data do dia (Dia, mês e que ano estamos? Tem alguma data especial que se
comemora hoje? Pode ser data cívica ou aniversário de algum aluno). A
chamada também é primordial, mas pode ser feita de maneira mais simples.
Ajudante do dia
A escolha do ajudante do dia pode ser efetuada com várias dinâmicas: um
casal por dia ou apenas um ajudantes, alternadamente menino/menina,
escolhido através de sorteio, ordem alfabética. No caso do Ensino
Fundamental pode ser o representando e vice em dias alternado mais um
aluno.
A esses ajudantes, nesse dia, caberá colaborar em todas em todas as
tarefas, tais como: distribuir materiais, bilhetes, organizar a sala,
etc.
Atividades do dia
As atividades apresentadas para o dia devem constar no quadro de rotina:
atividade individual, em grupo, vídeo, informática, explicação e
correção do dever de casa, jogos, etc.
O tempo gasto em cada atividade é um elemento importante, por isso teve
ser pensado desde o planejamento, para não colocar excesso de
atividades.
A importância da roda
A roda é um dos momentos de grande interação. Implica a expectativa de
algum fato relevante, pois algo de importante vai acontecer quando todos
sentam numa roda. Para o professor, é uma oportunidade de observar os
alunos e as relações entre eles: duplas ou trios que se sentam perto,
conversam, trocam objetos, riem.
Nos primeiros dias de aula, a proximidade da roda permite que os alunos
se conheçam melhor, observando semelhanças e diferenças por meio de um
jogo de identificação iniciado pelo professor: “Tem criança com camisa
azul”, “Tem criança com bota”. Mesmo não sabendo ainda o nome dos
colegas, as crianças se voltam para os indicadores, acompanhando a
nomeação de cada um: “Davi vai mostrar sua mochila nova”, “Quem está de
blusa verde vai pegar a caixa de botões”. Todo o grupo se envolve na
adivinhação e às vezes descobre quem é o aluno.
A “roda de novidade” deve fazer parte da rotina desde os primeiros dias
de aula. No início, o professor traz os objetos para serem explorados, e
os alunos são praticamente espectadores. Mas a roda evolui quando as
crianças começam a trazer as novidades de casa – uma fruta, um
brinquedo, uma revista, toquinhos de madeira, algumas fotos e até uma
caixa cheia de tampinhas de refrigerante. O que for significativo para a
criança pode ir para a roda, desde que o dono queira. Uma das
possibilidades é criar a “caixa de novidades”. Na chegada, o aluno
guarda o objeto, que depois de exibido na roda volta para a caixa ou
vaio para a mochila, conforme a criança desejar.
A novidade pode desencadear várias atividades, como jogos, brincadeiras e
histórias, e faz a ponte entre a casa e a escola, permitindo
identificações, além de incentivar o início das relações de interação e
troca entre os alunos. A roda pode ser o primeiro momento de
centralização das atividades do dia. Nela se tem um espaço privilegiado
no qual se pode desencadear a exploração de temas e o amadurecimento das
idéias. Mas para isso é de grande importância a participação dos alunos
por meio de comentários e discussões.
Na Educação Infantil a roda faz parte da rotina diária, podendo ocorrer
mais de uma vez ao dia se necessário. Já no Ensino Fundamental pode ser
inclusa como forma de trabalho, para uma explicação de conteúdo,
experiência onde os alunos possam ficar mais próximos, durante um jogo,
entre outras situações que o professor julgue necessária, pode ou não
fazer parte da rotina diária.
Um de cada vez
No início do ano, é comum o professor estimular a participação das
crianças tentando fazer com que falem, façam comentários, manipulem
brinquedos. Mas chega um momento em que começa uma avalanche: as
crianças não escutam, só falam, e quase todas ao mesmo tempo. Os
interesses se voltam para um determinado objeto,às vezes disputado no
“vale-tudo”.
Situações como essa podem representar um desafio para o professor, na
medida em que ele se vê obrigado a repensar atividades para torná-las
mais adequadas aos movimentos do grupo.
É hora de coordenar ações coletivas. Essa organização, na verdade, deve
ser feita logo no início do ano, e constituirá a estrutura de apoio das
relações e da convivência.
Um dos instrumentos dessa estrutura são os “combinados”, os acordos do
tipo “cada um tem sua vez de falar”, “brinquedo não vai para o pátio”,
“não é para rabiscar nem rasgar os livros”.
Temas como esses também podem ser discutidos numa “roda de conversa”.
Se, por exemplo, os alunos estão deixando as peças dos jogos de encaixe
espalhadas, sem se preocupar em guardá-las nos lugares certos, pode-se
conversar sobre a necessidade de organização para que não se perca
nenhuma peça.
É fundamental que os combinados sejam expostos o ano inteiro na sala de
aula, seja através de cartaz ou de plaquinhas, para sempre que
necessário o professor relembre a turma ou o aluno sobre o que foi
combinado anteriormente. E quando precisar pode acrescentar novos
combinados à lista que já está exposta, ou criar novas plaquinhas.
Criando autonomia
Aos poucos, depois de muita repetição, as crianças vão se acostumando e
acabam reproduzindo os “combinados”, sem a necessidade da intervenção
constante do professor. Eles podem, então, ser ampliados: agora as
crianças incorporam a necessidade de guardar direito os jogos e
brinquedos, sabem esperar sua vez de falar, já podem conhecer a aplicar
algumas regras de convivência: “Não vale empurrar o colega, molhar o
colega, jogar areia na cabeça do colega”.
Com o tempo, os próprios alunos se empenham em criar novas regras, de
acordo com a necessidade surgida na prática. Em todos os sentidos, agem
de modo cada vez mais independente, e cabe ao professor facilitar a
construção dessa autonomia.
Organização escolar
A organização do espaço escolar deve criar condições para que as
atividades se desenvolvam de maneira flexível e cooperativa. A renovação
deve ser constante, introduzindo materiais novos ou arrumando os
antigos.
As crianças brincam em duplas, trios ou grupos maiores. Gostam de
construir com sucatas e blocos, fazendo prédios, trens, estradas, e
esses aspectos devem ser considerados na configuração e na estrutura do
espaço físico e do material usado nas atividades do cotidiano escolar.
A escola deve oferecer um ambiente seguro e favorecer a ampla circulação
dos alunos, permitindo que subam e desçam, levem e tragam, inventem
caminhos. É possível também criar espaços como uma casa de boneca, um
camarim, onde os personagens se pintam e se fantasiam, põem máscaras e
acessórios, o palco com fantoches e um local para a bandinha, de modo
que os alunos possam explorar sons e ritmos.
Era uma vez...
Contar uma história é uma experiência de grande significado para quem
conta e para quem ouve. Muitas crianças são capazes de antecipar as
seqüências emocionantes e reagem escondendo-se atrás do amigo, apertando
as mãos, arregalando os olhos. Depois, o suspiro de alívio e do riso
quando o herói venceu os obstáculos.
Na história, a criança se projeta momentaneamente nos personagens e
penetra no mundo da fantasia, vivenciando um contato mais estreito com
seus sentimentos e elaborando seus conflitos e emoções. A história
funciona como uma ponte entre o real e o imaginário. Por meio da
história, a criança observa diferentes pontos de vista, vários discursos
e registros da língua. Amplia sua percepção de tempo e espaço e seu
vocabulário.
Para que esse seja um momento prazeroso, é fundamental que se escolha
uma história com a qual a criança possa se identificar. Além disso,
convém criar um clima de aconchego, construindo uma interação positiva.
O professor vai se transformando num contador de histórias quando se
liberta do texto escrito e observando as reações das crianças, ouvindo
seus comentários, fazendo dessa hora um momento de emoção. Assim poderá
reajustar a narrativa, introduzindo, acrescentando ou até suprindo
detalhes para torná-las mais significativa para o grupo.
É melhor ler ou contar?
Há vários modos de apresentar as histórias para as crianças. A maioria
delas alcança sua melhor forma de expressão se forem contadas; outras se
forem lidas, pois assim ganham mais brilho, e até exigem que sejam
mostradas as ilustrações.
Quando se conta uma história, em vez de ler o livro para os alunos,
está-se permitindo que os significados simbólicas e interpessoais da
narrativa sejam atingidos plenamente.
Pode-se contar a história sem mostrar a ilustração logo de início, pois
às vezes a intermediação do texto obriga o contador a dividir sua
atenção entre a narrativa e os ouvintes. Além disso, é possível criar um
clima que permita à criança liberar sua imaginação e viver sua
fantasia. Entretanto, além de contar, é importante que o professor
também leia histórias.
É sempre bom fazer um estudo prévio do texto antes de contar ou ler a
história. Se conhecer o enredo, o ambiente, os personagens e as falas, o
professor poderá fazer uma narração e uma interpretação mais precisas e
convincentes.
Sugestão:
Educação infantil:
· Acolhida: saudação, oração, guarda de material, músicas, etc.
· Quadro de rotina
· Rodinha (conversa sobre como eles estão, hora da novidade, etc.)
· Calendário (dia, mês, ano, aniversariantes, etc.) e tempo;
· Chamada interativa ou “Quantos somos?”
· Escolha do ajudante do dia;
· Retomar o dever de casa do dia anterior (cada um deverá mostrar o que fez, o que mais gostaram de fazer, etc. Caso algum aluno tenha feito de forma incorreta, retomar com ele num momento oportuno para que ele corrija ou refaça caso seja necessário)
· Atividade de sala (individual, grupo, desenho, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, modelagem, etc.)
· Parquinho
· Lanche
· Escovação
· Atividades de sala
· Dever de casa (passando dever de casa)
· História
· Relaxamento com música
Ø Ensino Fundamental
· Calendário (dia, mês, ano, data cívica, aniversariantes)
· Quadro de rotina
· Dever de casa (passando e explicando o dever do dia)
· Agenda
· Chamada
· Dever de casa (correção dos deveres passados em dias anteriores)
· Atividades de sala (individual, grupo, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, caderno, livro, etc.)
· Lanche
· Escovação
· Recreio
· Atividades de sala
· Organização da sala
Bibliografia
AROEIRA, Maria Luísa C.; SOARES, Inês B. & MENDES, Rosa Emília de A. Didática de pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.
MORANGON, Cristiane. Um quadro de rotinas. Revista Nova Escola. Edição nº160. São Paulo: Editora Abril, março, 2003.
SANT’ANA, Ruth B. Rotina e experiências formativas na pré-escola. GT: Educação de crianças de 0 a 6 anos.nº 07. Tese (Doutoramento em Psicologia Social). Pontícia Universidade Católica, São Paulo, 2002
SIGNORETTI, A. E. R. S.; MONTEIRO, K. K & DAVÓLIO. R. A. C. Rotina escolar: orientações para professor e aluno organizarem as atividades diárias. Revista do professor. Porto Alegre, jul./set. 2000.
· Acolhida: saudação, oração, guarda de material, músicas, etc.
· Quadro de rotina
· Rodinha (conversa sobre como eles estão, hora da novidade, etc.)
· Calendário (dia, mês, ano, aniversariantes, etc.) e tempo;
· Chamada interativa ou “Quantos somos?”
· Escolha do ajudante do dia;
· Retomar o dever de casa do dia anterior (cada um deverá mostrar o que fez, o que mais gostaram de fazer, etc. Caso algum aluno tenha feito de forma incorreta, retomar com ele num momento oportuno para que ele corrija ou refaça caso seja necessário)
· Atividade de sala (individual, grupo, desenho, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, modelagem, etc.)
· Parquinho
· Lanche
· Escovação
· Atividades de sala
· Dever de casa (passando dever de casa)
· História
· Relaxamento com música
Ø Ensino Fundamental
· Calendário (dia, mês, ano, data cívica, aniversariantes)
· Quadro de rotina
· Dever de casa (passando e explicando o dever do dia)
· Agenda
· Chamada
· Dever de casa (correção dos deveres passados em dias anteriores)
· Atividades de sala (individual, grupo, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, caderno, livro, etc.)
· Lanche
· Escovação
· Recreio
· Atividades de sala
· Organização da sala
Bibliografia
AROEIRA, Maria Luísa C.; SOARES, Inês B. & MENDES, Rosa Emília de A. Didática de pré-escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.
MORANGON, Cristiane. Um quadro de rotinas. Revista Nova Escola. Edição nº160. São Paulo: Editora Abril, março, 2003.
SANT’ANA, Ruth B. Rotina e experiências formativas na pré-escola. GT: Educação de crianças de 0 a 6 anos.nº 07. Tese (Doutoramento em Psicologia Social). Pontícia Universidade Católica, São Paulo, 2002
SIGNORETTI, A. E. R. S.; MONTEIRO, K. K & DAVÓLIO. R. A. C. Rotina escolar: orientações para professor e aluno organizarem as atividades diárias. Revista do professor. Porto Alegre, jul./set. 2000.
PEDÁGOGICCOS, Blogpost.
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